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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Virando a página

Virando a página sinto-me livre como uma pena que cai em um abismo profundo bailando levemente por entre os pequenos espaços entre os átomos presos a sua ignorância, procurando um espaço, uma razão para tudo que já é e virá, criando uma confusão organizada de forma pouco abstracta em sua textura pouco racional, tenho medo do improvável, do impossível, do próximo segundo, a inconstância é fatal e dolorido quando temos a certeza de que ela apenas existe e constantemente nos cerca com suas malícias e astúcias progressivas e na maior parte das vezes acertadas, os planos são sempre arrancados por suas raízes, e as palavras sempre ferem o caule que derrama seu leite puro sobre um solo tão maltratado porém fértil, surpreendentemente hoje o sol nasceu, reinou sobre mais um dia pouco esperado por muitos, mas seus raios não brilharam com a intensidade da sua capacidade regular, hoje as nuvens o sufocaram sem dó nem piedade, afugentando de mim todos os pensamentos maltratando meu âmago, fazendo com que sobre meus lençóis ficassem lágrimas de um passado passageiro que hoje derramou a última gota em prol de nós dois, pois descobri que há um sorriso em cada lágrima, agora que a unidade me alcançou, viverei como um andante em retorno a busca infindável pela felicidade momentânea que durará, espero eu, para sempre.

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