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sábado, 24 de agosto de 2013

A monarquia do amor




 De geração em geração você vem me fadigando com suas primícias horrendas e adversas, sendo cada uma delas minuciosamente selectiva de seu jardim de chagas, todas cautelosas e absolutas em um pensamento centrado no seu trono real, suas malícias em olhares provocantes, gestos curtos, rápidos, certeiros e na maior parte das vezes, fatais, com estes você vem hipnotizando meu ser de forma que aparenta o vazio, porém é visível que em ti transborda o cálice em sua boca ao encontro de meus lábios desnutridos pela falta dos seus, sua alma invade o vértice que se encontra em meus pensamentos e nada mais pode impedir esse reino de triunfar perante o povo que outrora se dispersava entre reinos hostis, apenas bela beleza, nunca pelo conteúdo, visto sua formosura excelente e capacidade de raciocínio indiscutível, entrego a ti o mais puro e precioso bem que possuo, que deste, nunca, nunca ninguém provou, ou se quer espreitou, entrego em suas mãos para que haja em sua vida, o trono do amor que carrego e cultivo em meu coração a tantos dias de minha vida.

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