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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

R.I.R.


No dia em que o mundo parou, as flores não despertaram, os pássaros não se ouviam, nem mesmo um pio, não houve pânico, nem caos algum, o silêncio foi profundo, eterno, agonizante posso dizer, nem o vento deu as caras neste dia, as nuvens estagnaram-se sobre a superfície marinha do céu, neste dia, o sol e a lua dividiram o mesmo espaço visível a todos, neste dia pude lembrar de todos os acontecimentos que já me fizeram sorrir até soluçar, e outros que por algum motivo estúpido, me fizeram chorar, ou mesmo ficar apenas chateado, querendo que o meu mundo exploda, ou pelo menos pare eternamente em um momento de euforia contagiante, mas a vida não funciona assim, apenas se ouvia um som diferente, algo que nunca tinha sido ouvido antes, uma nova nota que se desembaraçava dentro do meu peito a uma velocidade jamais imaginada, neste dia corri para bem perto, juntei meus cílios e no exacto momento que senti o calor, me joguei sem medo no oceano de seus lábios, por ali naveguei, descobri o desconhecido mundo que me rodeava, mundo esse que sozinho eu nunca teria coragem de nem se quer olhar para ele, você despertou em minha alma um desejo ardente, puro, inocente, voltei a ser criança, voltei desejar viver pra sempre, apenas para que pudesse eternamente contemplar a beleza de seu sorriso. Foi assim que aconteceu... No dia em que o mundo parou.



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