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sábado, 10 de agosto de 2013

O fatalismo da pérola

No campo de rosas, movido por seus sentimentos, encontrei duas pérolas banhadas de vinho, duas pequenas porções de carência em meio a uma multidão de espinhos fagulhados pela incompreensão daqueles que admiram o absurdo, enquanto o agradável e sufocante perfume se exalava pelos campos, quando cada pétala sentia-se madura para partir, uma gota de orvalho percorria cada extremidade do caule, escorrendo pelo peso da consciência sagaz que carregava suas admirações e desprezo, deste solo que outrora jorrava lágrimas de sangue e pavor, estava agora carregado com cores indefinidas pelo talento oculto que estava sendo moldado por cada olhar imaturo que por ali passava desapercebido do encanto carismático produzido pela natureza fria daquele verão confuso, aparentemente eram todas iguais, perfeitas, damas de honra encantadoras que trajavam seus sonhos e pesadelos inertes para que todos compreendessem seus valores puritanos e exóticos, apenas pelo prazer da vaidade inconsciente, provando ao mundo que todos sonhamos e floreamos nosso ser de alguma maneira, mas em algum lugar submerso a essa realidade escapatória existem sempre pérolas perdidas ou esquecidas por alguma razão que talvez nunca saberemos.

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