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domingo, 6 de outubro de 2013

Sonhos

Ali estava você, vestida de branco dos pés a cabeça, com seu longo vestido roubado de um sonho qualquer, coberto de pequenas flores brancas, e todo o brilho que o sol podia oferecer, sobre seus cabelos reflectiam os raios solares, que transpassavam a alma de todos aqueles que te observavam, na beira daquele penhasco, enquanto o sol lentamente se punha naquela tarde de verão, e já estava próximo, eu podia sentir, e a medida que entardecia os pássaros se aconchegavam em seus ninhos, voltando para seus lares, a brisa cortava os ramos das árvores e assobiavam lindamente canções de amor, transformando cada pensamento em uma harmonia majestosa, suportável até para aqueles que passaram a vida apreciando os mais sórdidos ruídos, chamando-lhe melodia, enquanto isso em suas aconchegantes casas, todos comemoravam mais um dia, mais um ano, mais um milénio que se aproximava calmamente e marcava suas tendências como brasa sobre a palha, neste momento nada mais existe, senão seu lindo corpo estendido pela areia em meio as rochas desde calabouço de dúvida que percorre pelo seu olhar, e em meio pequenas expressões óbvias que descrevem o que sentes, estão aquelas mordidas de amargura nos lábios inferiores, que aguçam ainda mais o desespero de quem apenas de passagem observa, enquanto a lua se enchia com os últimos pedaços da luz daquele dia que se findava, sobre aquele oceano tão imenso, carregado de falsas esperanças e expectativas doentias que ao passar do tempo chegará em terra, e afectará a maioria que for atingida, pensando em prós e contras, objectivos e metas quase impossíveis de se realizar, fecho os olhos diante da neblina que cobre minha visão, e adormeço mais uma vez intercalando sonhos e pesadelos, até que um ou outro me leve a você.

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