Desde pequenina, ela sustentava suas próprias ideologias, encarava o mundo como se a qualquer momento ele fosse desabar, por que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, ele iria, talvez não no olhar dos demais, mas sua capacidade cognitiva era acima da média. Ela se preparou tanto e o mundo não acabou, então frustrada ela entendeu, aquela preparação era do seu mundo interno. Pensará muitas formas de o fazer, mas sempre sem sucesso, foi então que sua mente resetou, e ela entendeu, afinal, o mundo realmente acabou, pois ele é feito de ciclos, seu jarro encheu, transbordou e aquela etapa havia finalizado. Desde então ela lida melhor com o Apocalipse de cada etapa, depois de já ter visto milhares de estrelas partirem. Ela criou seu próprio infinito, onde chama cada ser celeste pelo teu próprio nome. Tudo que toca, vira ouro, e por onde sua sombra passa nascem jardins inteiros cheios de esperança de que finalmente foram vistos e serão desde agora cuidados. Mas ela não é assim, ela nunca foi jardineiro de um jardim, pois aquilo que carrega é a cura de todas as flores, e ela se satisfaz em ver cada uma delas florescendo e alegrando os olhos de todos que por eles passam. Ela é a força de todas as marés, das tempestades, dos terremotos e vulcões, ela carrega a paz divina e o abraço de adeus no final de cada Verão. Sorte a sua se um dia a encontrar, e amigo de Deus pode ser considerado, aquele que for encontrado por ela. Ela tem um nome na Terra, outro nos céus, mas seu verdadeiro amor é como uma arma, e seu nome deveria ser conhecido, como aquela que carrega a cura da alma.
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